quarta-feira, abril 08, 2009

É muito louca essa história de trabalhar com o marido. Principalmente se você é atriz e ele diretor. Tem dia que a gente acaba brigando por algum motivo e tem que ensaiar depois, aí qualquer coisa que ele fale soa como provocação ... as vezes é o contrario, a cena fica tão legal que a raiva passa e tudo fica lindo ! Pra ajudar eu sou também produtora, ou seja, boto o circo de pé, torno realidade o que só existe no papel e pra isso tenho que estabelecer limites, datas, regras, ou seja, ser chata pra caramba. As vezes na cabeça dele está tudo perfeiro só que na prática não funciona e dalhe quebra pau pra gente conseguir chegar num denominador comum.

Quando estamos em cartaz ou filmando evitamos carinhos explicitos, andamos de mãos dadas, selinho também é liberado, mas nada de muito "nhênhênhê", estamos trabalhando e como exercemos várias funções precisamos de total concentração. Acabado o trabalho, provavelmente vamos com a equipe para algum boteco, aí relaxamos e podemos namorar. Acho que essa "divisão" fica claro também pra quem trabalha com a gente.

Não lembro do Joeli ter elogiado meu trabalho nunca. Não sei se pela correria ou por ele não achar maravilhoso mesmo, sei que as vezes, eu como qualquer atriz perguntava:

- E aí, é isso ? Tá legal ?

Confesso que no começo esperava que ele me elogiasse, que ficasse surpreso com o meu desempenho, essas coisas.. mas o máximo que eu ouvia era:

- É isso, tá legal !

Algumas vezes eu já chapada, no auge da TPM perguntava pra ele baixinho:

-Eu sou boa atriz amore mio ??

E ele respondia:

-É Dani... é .

Acabei me acostumando e nem lembrava mais o quanto é bom ser elogiada até ontem quando eu li o blog do Joeli. Confesso que meu coração disparou e meus olhos encheram de lágrimas. Resolvi postar aqui, afinal é coisa rara e pra mim tem um valor incalculável

"A dany avila é uma teimosa, nunca pensou em desitir de ser atriz, nunca conheci uma pessoa tão apaixonada por teatro como ela. Apanhamos e dançamos juntos. Ouvimos muito a música do "NÃO" por ai. Confesso que um tempo atrás estava desiludido mas seu amor me fez ver o caminho, acreditar, carregar a bateria novamente. Teatro é um celibato, tudo conspira contra, mas com força não tem porta que não abra e "não" que não se transforme em "SIM". No 38tão, peça que estamos em cartaz no Satyros 1 até dia 11/Abril, tive o prazer de poder acompanhar sua transformação como artista/atriz, sua "GEL" personagem que interpreta passa do doce ao contido ao explosivo em segundos. Sua criação para GEL é impar. Solidão pode ser bonito de se ver e ouvir. "

2 comentários:

Alan de Faria disse...

merda pra vcs sempre!
e ainda não me esqueci da cerveja no boteco...
até mais
se cuidem!

Jú Zampieri disse...

Aihnnn q lindo !! rsrs

Eh...acho q eh coisa de homem não lembrar de elogiar....rs... Mas a gente eh forte...guenta isso tb..rsrs... e se relacionar-se com um ator jah naum eu facil, eu garanto, imagina com um diretor..rsrsrs
Toda a sorte do mundo pra vcs!! toda a felicidade tb, pq ser feliz eh bom...e a gente merece!! rs
MERDA sempre!!