domingo, setembro 23, 2007



Sempre gostei de figurino. Acho que as roupas podem dizer muito sobre quem está vestindo, então para um personagem ela é muito importante. Dá noção de tempo, de lugar, personalidade.
Desde de o Missa Leiga, meu primeiro espetáculo profissional, eu grudo nos figurinistas e dou palpite em tudo. Àlias, desde pequena eu adoro roupas. Quando eu tinha uns 10 anos mais ou menos tinha uma barraca na feira em frente de casa que vendia roupinha de boneca. Eu ia lá todo domingo, comprava uns modelos e depois adaptava para cada uma. Passava horas "costurando", claro que estraga várias, mas os modelos que eu criava, para mim era o máximo. Apesar de tudo nunca fiz curso de costura nem de figurino. O Joeli sabe dessa minha "queda"e sempre me incentivou. Todo espetáculo novo ele me perguntava se eu queria fazer o figurino e eu sempre recusava. Nunca tive coragem de assumir. Sou muito detalhista e só assumo algo quando tenho certeza absoluta que posso fazê-lo bem. Esse ano pintou de novo a possibilidade, só que desta vez me senti capaz e resolvi encarar. Falei com o Joeli e ele topou na hora. Comecei a pesquisar muito. Tecidos, cores, o que se usava em determinada época, como casar tudo isso... e saiu. Modéstia a parte tá muito bacana, falta um detalhe ou outro mas o grosso tá la, os personagens estão alí, vestidos e eu muito feliz com o resultado e por eu ter tido coragem de encarar. É como um quebra cabeça ... as peças tem que ir se encaixando ...
Agora eu preciso voltar a costurar as lantejoulas na bolsa, são milhares e eu tenho que por uma por uma. Tá dando um puta trabalho, não só por as lantejoulas, como criar todos os figurinos, mas sou eu dando os primeiros passos numa nova estrada, criando de uma maneira diferente e está sendo delicioso.

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