sexta-feira, novembro 10, 2006

A Equipe Ursinho


Essa é a minha equipe do Ursinho. Eu não imaginava que formar uma equipe era tão difícil.
O começo das apresentações nos CEUs foi estressante. Estávamos juntos fazendo um trabalho, mas cada um "pra si" e aí tudo ficava difícil. As coisas foram entrando nos eixos e cada um descobriu sua função e tudo começou a fluir.
A Mirabe, nossa técnica de luz, intulada rainha dos técnicos, começou a usar de seu poder e montar a luz sozinha, só com a ajuda dos seus admiradores, ops ... dos técnicos dos CEUs.
O Enéias, nosso técnico de som que também é músico passou a resolver os problemas do som sozinho e ainda como "primeiro ministro do radinho", nos deixava informados de tudo que acontecia quando as cortinas se fechavam.
O Julinho foi o criador do mecanismo da neve e também do metódo de colocar as flores e as folhas mais rápido do mundo. Ele foi nosso braço direito na produção e ficava em pânico quando maquiagem , ou fio de nylon ou o que quer que fosse estivesse acabando , era até engraçado ...
O Pablo nos dava uma mão geral, se precisasse de alguém para qualquer coisa era só chamar ele e a Mavie quando chegava no horário, também , mas sua função principal era prender a sua flor e evitar que as pessoas sem noção que ficavam entrando e saindo do teatro na hora da peça pela porta dos fundos parassem quietas.
A Jana colocava a neve, eu colocava os alfinetes nas folhas e prendia o linólio .Depois o Joeli vinha e via se estava tudo "nos conformes".
Acabando a montagem íamos para o café da manhã, no começo cada um comia em um horário, depois que viramos equipe, tinhamos o momento certo de nos sentar para comer e conversar e falar besteira e rir pra caramba... sabe o que é o mais engraçado, nós fazemos teatro infantil, mas somos completamnete bagaceiros ( no bom sentido ) fora do palco. Geralmete elenco de peça infantil é todo mundo, delicadinho, bonitinho, bonzinho, tudo "inho" e a gente não, éramos um bando de gente estranha que chegava atropelando nos CEUs, montávamos tudo e nos fechámos num dos camarins com a nossa mesa de comida e só saímos na hora da apresentação. O pessoal dos CEUs ficavam meio desnorteados com a gente e tratavam de fazer seu serviço pra não ficar chato.
Uma hora antes da apresentação íamos nos vestir e maquiar e no horário combinado estávamos no palco, esperando o Enéias falar que todas as crianças tinham chegado e que podia começar.
Aí o espetáculo começava e era um espetáculo. Por mais que estivéssemos cansados ou estressados com alguma coisa, na hora de entrar em cena tudo desaparecia e a gente se divertia pra caramba. Não houve uma apresentação que eu tenha percebido alguém "miguelando"... nunca. Quando começamos, parece que todos os problemas sumiam e a gente fazia a floresta encantada e todos os seus habitantes existirem de verdade e as crianças deliravam. Ouvir o risinho delas, ou vê-las compenetradas na história era maravilhoso.
Fim do espetáculo, nôs desmontávamos, desmontávamos cenário e luz, colocávamos nos carros e "asta lá vista". Até o próximo CEU.
Foi muito bacana e um grande passo para a Cia.
Apesar de ser muito mais trabalhoso, levamos a peça na integra. A gente mantém o nível do espetáculo onde quer que ele seja apresentado, é uma das preocupações da Cia e essa peça é pra criança bem pequenininha, a maioria está vendo uma peça de teatro pela primeira vez, precisávamos fazer da melhor maneira possível. É o mínimo que podemos fazer para contribuir com a educação delas e quem sabe , no futuro, uma sociedade melhor.
Agora, que venha a próxima fase ... estamos preparados !

Um comentário:

Anônimo disse...

Bacana, Dany. Engraçado também é que tudo que é trabalhoso costuma valer a pena. abração e inté daqui a pouco.